Elizabete Castro / Paraná Online
O pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, disse ontem que fechou a aliança com o PP a pedido do pré-candidato a presidente da República, José Serra, e do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra.
Para Beto, a participação do PP na aliança de apoio à sua candidatura é natural, tendo em vista que o partido o apoiou nas duas eleições à prefeitura de Curitiba e integra a administração municipal.
Beto respondeu ao movimento liderado pelos deputados Luiz Carlos Hauly, Alfredo Kaefer e Gustavo Fruet e o senador Flávio Arns que pretendem contestar o acordo com o PP junto à direção nacional do partido. Para o pré-candidato tucano ao governo, a aliança com o PP é benéfica ao projeto nacional do PSDB.
“Quem está batendo no próprio partido é que traz prejuízos. Eu respeito a opinião dos deputados, mas esse é um assunto interno do PSDB. Não se deve lavar roupa suja na imprensa. A discussão interna é salutar”, afirmou o pré-candidato tucano ao governo do Estado.
Para ele, o tema deve ir à votação na convenção do partido e a posição da maioria deve ser respeitada. “Não é fácil conciliar todos os interesses. Mas a vontade da maioria deve prevalecer”, emendou Beto Richa.
Assunto interno
Assunto interno
A resistência na coligação para a disputa proporcional (Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados) e rivalidades pessoais estão na base do protesto contra a aliança com o PP, acredita Beto.
“O que me surpreende é que essa reclamação venha dos mais votados, que não terão problema com a coligação na proporcional”, comentou o pré-candidato tucano.
Sobre a indicação do deputado federal Ricardo Barros para uma das vagas ao Senado, Beto comentou que é praxe distribuir as posições na chapa entre os vários partidos que compõem uma aliança.
Como o PSDB tem o candidato ao governo, os outros partidos têm o direito de indicar as demais candidaturas, ponderou o ex-prefeito de Curitiba. “Numa aliança tão ampla como será a nossa, essa distribuição é inevitável”, comentou.
Das duas vagas ao Senado, uma foi para o PP e a outra está à espera de uma decisão do PDT, se o senador Osmar Dias desistir da candidatura ao governo para compor com os tucanos. Se isso não acontecer, cada um deve conquistar o seu espaço, apontou o pré-candidato tucano.
Das duas vagas ao Senado, uma foi para o PP e a outra está à espera de uma decisão do PDT, se o senador Osmar Dias desistir da candidatura ao governo para compor com os tucanos. Se isso não acontecer, cada um deve conquistar o seu espaço, apontou o pré-candidato tucano.
“Nunca ninguém foi vetado”, disse. Os deputados federais e o senador Flávio Arns anunciaram que pretendem encaminhar um documento à direção nacional. Fruet e Arns postulam a indicação.
Ambos concordam que se vencer a eleição, Serra vai precisar de senadores comprometidos com o projeto do partido para dar sustentação ao seu governo. E lembram que Barros é da base de sustentação ao governo e foi, até o início desse ano, um dos vice-líderes do presidente Lula (PT) na Câmara dos Deputados.
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