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27 julho, 2010

Osmar e Beto “duelam” por prefeitos indecisos


Do Abraão Benício no Bem Paraná
Os dois principais candidatos ao governo do Paraná – Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB) – estão dedicando as primeiras semanas de campanha para rodar o Estado em busca do apoio dos prefeitos. Tanto a coligação do pedetista como a do tucano estimam que cerca de 60 dos 399 prefeitos ainda estejam indecisos.
No papel, os partidos da chapa encabeçada por Dias (PDT/PSC/PT/PMDB/PR/PC do B/PT do B) comandam 232 municípios. Do outro lado da trincheira, os 14 partidos aliados de Richa reúnem 153 prefeitos.
Tudo isso em tese, já que na corrida eleitoral nem sempre a filiação partidária prevalece. Os dois lados trabalham para atrair administradores municipais do time adversário e as dissidências acontecem.

A direção estadual dos tucanos já chegou a recomendar ao prefeito de Chopinzinho, Vanderlei José Crestani (PSDB), que se afaste do partido durante a campanha. Crestani desagradou os correligionários ao formalizar apoio à candi datura de Osmar Dias.
Do outro lado, o prefeito de Castro e presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Moacir Fadel, já anunciou que apoiará o ex-prefeito de Curitiba. Em São José dos Pinhais, o prefeito Ivan Rodrigues (PTB), apesar de seu partido integrar a coligação de Beto Richa, está na lista dos aliados de Osmar Dias.
Em Tijucas do Sul, José Altair Moreira é do PP, que integra o time de Richa, mas também está trabalhando pelo senador pedetista. Já o prefeito de Almirante Tamandaré, Wilson Goinski, é do PMDB, que está coligado com o PDT, mas manifestou apoio ao candidato tucano ao governo. Já o prefeito de Goioerê e presidente da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), Luiz Roberto Costa (DEM); e o prefeito de Quarto Centenário, Oswaldo Changai (PSB) estão com Osmar. A coligação do pedetista afirma que 21 dos 25 prefeitos da Comcam já aderiram ao projeto.
Essa “infidelidade” além de tornar a disput a incerta, ainda dá margens a todo tipo de avaliações distintas. O candidato a vice-governador, deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), garante que o grupo já conta com o apoio de cerca de 300 prefeitos. “Nossa folga é muito grande. Nos últimos oito anos, os prefeitos foram apoiados por um governo estadual do PMDB e federal do PT. Eles sabem dos benefícios que receberam para seus municípios. Nossa aliança reúne hoje cerca de 300 prefeitos”, afirma.
Pressão — Um dos coordenadores da campanha de Richa, o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), garante que o grupo já rompeu a barreira dos 160 prefeitos aliados. “Já temos um pouco mais que os 153 prefeitos da coligação. Acho um número muito bom, já que somos uma candidatura de oposição. O governo do Estado e o ministro Paulo Bernardo estão pressionando”, comenta.
O candidato do PP ao Senado, deputado federal Ricardo Barros, garante que o fato de Richa estar na frente nas recentes pesquisas divulgadas pode fazer a diferença. “Política é um fato local. O fato do Beto estar na frente nas pesquisas deve atrair os prefeitos indecisos. Em dois anos, teremos eleições municipais e os atuais prefeitos têm que estar posicionados”, avalia

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