Oposição agonizante

Desde que o mundo é mundo, as velhas raposas políticas usam o pão e o circo para manter seu eleitorado. Na grande maioria das vezes, isto realmente funciona.
Aqui em Rancho Alegre, mais ainda do que em outros municípios, o prefeito (se é que temos um) vem usando e abusando deste velho, mas competente artifício político.

Bandas, shows, fogos, brinquedos, doces e guloseimas, enfim, tudo que supra a ânsia de diversão que qualquer povo tem. Povo de barriga cheia e ouvidos ocupados, tem menos tempo pra se preocupar e enxergar a verdadeira realidade de um município.

Cestas básicas e marmitas são usados, não de forma emergencial até que o beneficiado consiga, com o auxílio da prefeitura, um trabalho que lhe dê com dignidade o pão de cada dia, mas sim de maneira permanente, tornando as pessoas beneficiadas dependentes do poder público, naquilo que é mais necessário para a sua sobrevivência.
Gerar emprego pra quê? Quanto mais pessoas tiver se humilhando, batendo à porta da prefeitura em busca de uma cesta de alimentos, uns míseros trocados para interar o pagamento da conta de água ou de energia elétrica, ou ainda de um medicamento que na grande maioria das vezes, não é encontrado na farmácia municipal; melhor para mantê-las passivas na sua base eleitoral. E o pior, agradecidas.

Números de uma pesquisa recente de intenção de votos, mostram que enquanto ficamos aqui neste blog discutindo ou debatendo o que é melhor para Rancho Alegre, as pessoas que mais necessitam de benefícios reelegeriam mais uma vez o atual prefeito (se isto fosse permitido por lei), ou elegeriam alguém que ele indicasse para o cargo, com 45% dos votos.

A oposição? Bem, a oposição cada vez menor. Sem identidade alguma, não conseguiu em sete anos, alavancar um nome novo que pudesse desafiar o grupo que está no poder.
Não falam a mesma língua já há um bom tempo.
Projetos que poderiam ter sucessos, desmoronam como castelos de areias, levados pela incapacidade de ouvir ou de aceitar que esta errado.
Se perdem na ilusão mais óbvia de acreditar em pessoas que comprovadamente só tem a intenção de desestabilizar.
Compromisso e companheirismo parecem se apagarem de dicionários.

Cada povo tem o governo que merece.
E pelo jeito, continuará a ter.