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12 julho, 2011

PT se mobiliza por candidatura própria para eleições em Curitiba

Ana Carolina Bendlin do O Estado do Paraná
Apesar de nomes expressivos do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná, como os deputados federais André Vargas e Zeca Dirceu, já terem defendido que o partido deve apoiar um candidato forte nas eleições municipais de 2012 em Curitiba, mesmo que ele não seja do partido, outras correntes estão se mobilizando para que haja uma candidatura própria.
Depois de o deputado federal Dr. Rosinha ter divulgado na última quinta-feira (7) uma carta a favor desta decisão, nesta segunda-feira (11) foi a vez de o deputado estadual Tadeu Veneri se manifestar a respeito do assunto, também se mostrando favorável à candidatura própria, marcando inclusive um ato para a próxima segunda-feira (18). Ambos estão entre os possíveis nomes de pré-candidatos para as eleições na capital.

Para Rosinha, é necessário que o PT discuta desde já a possibilidade de uma candidatura própria, pois outros partidos já teriam seus candidatos definidos e, por isso, sairiam na frente na disputa. “Nós não estamos com pressa, mas sabemos que outros candidatos, como o atual prefeito de Curitiba, já estão até mesmo fazendo campanha. Por isso, devemos definir isso o quanto antes porque quem for candidato vai precisar de tempo para montar sua equipe e pensar na campanha”, afirma.
Apesar de poder vir a concorrer com Rosinha em relação à definição do candidato do PT caso o partido venha a ter um nome próprio para a eleição em Curitiba, Veneri concorda com o correligionário. “Não podemos ficar presos a uma situação com a qual não temos governabilidade, como a decisão dos outros partidos a respeito de seus candidatos, senão ficaremos trabalhando apenas com hipóteses, como reféns, e, quando definirmos pela candidatura própria, já será tarde”.
No entanto, de acordo com a presidente do PT no Paraná, Roseli Isidoro, a executiva do partido no estado não está de acordo com as iniciativas de Rosinha e Veneri em discutir o assunto. “Na nossa última reunião da executiva não houve consenso a respeito disso. Apesar de haver uma orientação do diretório nacional para que os estados e municípios que tiverem condições de lançar candidaturas próprias o façam, não descartamos a possibilidade de pensar em uma política de aliança”, afirma.
A insatisfação dos deputados se deve principalmente aos boatos de que o PT poderia vir a apoiar a candidatura de Gustavo Fruet (PSDB), caso ele mudasse de partido, pois assim perderiam a possibilidade de ser candidatos. “Para mim, a ideia de querer trazer uma pessoa de fora, que inclusive está no partido adversário atualmente, é completamente absurda, ainda mais porque teríamos que ficar esperando a manifestação de uma pessoa que até agora não falou em sair de sua posição”, opina Veneri. Rosinha ainda completa que “Fruet sempre fez oposição ao PT e não há possibilidade de aliança a um adversário político”.
Diante desse contexto, a opção encontrada por eles foi a mobilização para que a questão da candidatura própria seja discutida antes do prazo previsto. “Precisamos de um calendário de discussões sobre as eleições do próximo ano e uma resolução definitiva sobre as regras para a candidatura, principalmente porque só assim poderemos ter mais força na Câmara Municipal, com a ampliação da bancada”, argumenta Veneri. Roseli, entretanto, garante que isso não é possível. “O calendário deve ser aprovado pelo diretório nacional, não pelas executivas estaduais e municipais, e isso deve acontecer apenas em agosto ou setembro”.

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